terça-feira, 1 de novembro de 2011

Funções da Administração

Planejar


Definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos , ou como ferramenta que as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório.




          

Organizar


 Pode-se constatar que, se fosse possível seqüenciar, diríamos que depois de traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), é necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos da organização, ou seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é preciso para a realização da tarefa.






Dirigir



Envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados. A chave para tal, está na utilização da sua afetividade, na sua interação com o meio ambiente que atua. Na gestão não basta apenas ser uma pessoa boa, é necessário que tenha nascido para vencer, vitória essa que está relacionada com a busca constante de desafios, com a coragem de mobilizar-se, de assumir seu papel diante de seus pares, de seus colaboradores e de seus supervisores.






Controlar


Com a organização devidamente planejada, organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis desvios. Cada uma das características podem ser definidas separadamente, porém dentro da organização, são executadas em conjunto, ou seja, não podem ser trabalhados disjuntas.



História da Administração

Desde os primórdios da humanidade, o homem associou-se a outros para conseguir, por meio do esforço conjunto, atingir determinados objetivos.Desse esforço conjunto surgiram as empresas rudimentares, que remontam à época dos assírios, babilônios, fenícios etc. Porém, a história da administração é relativamente recente, e surgiu com o aparecimento da grande empresa. O fenômeno que provocou o aparecimento da grande empresa e da moderna administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial. A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por James Watt, em 1776.A aplicação da máquina a vapor no processo de produção provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda a Europa e Estados Unidos.A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas:
a.Primeira fase, de 1780 a 1860
É a revolução do carvão(como principal fonte de energia)e do ferro(como principal matéria-prima).Começa com a introdução da máquina de fiar, no tear hidráulico e posteriormente do tear mecânico,do descaroçador de algodão provocando a mecanização das oficinas e da agricultura.O trabalho do homem do animal e da roda d'água é substituído pelo trabalho da máquina, surgindo o sistema fabril: o antigo artesão transforma-se no operário e a pequena oficina patronal sede lugar à fabrica e à usina. As novas oportunidades de trabalho provocam migrações e consequente urbanização ao redor de centros industriais. Há uma revolução nos meios de transportes e comunicações: surge a navegação a vapor, a locomotiva a vapor, o telégrafo e o telefone. É o início do capitalismo.
b.Segunda fase, de 1860 a 1914
É a revolução da eletricidade e derivados do petróleo(como as novas fontes de energia) e do aço(com a nova matéria-prima).É a introdução definitiva da maquinária automática e da especialização do operário.Há uma intensa transformação dos meios de transporte e nas comunicações: surge a estrada de ferro , o automóvel, o avião o telégrafo sem fio, o rádio. o capitalismo financeiro consolida-se e surgem as grandes organizações multinacionais (como a Standard Oil, a General Electric, a Westinghouse, a Siemens, a Dupont, a United States Steel etc.)
Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a moderna administração surgiu em resposta a duas conseqüências provocadas pela Revolução Industrial, a saber :
a.Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que as passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvização
b.Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

A Moderna Administração
A moderna administração surgiu no início deste século, quando dois engenheiros publicaram suas experiências. um era americano, Frederick Winslow Taylor (1856-1915) que veio a desenvolver a chamada Escola da Administração Científica, com a preocupação de aumentar a eficiência da industria por meio da racionalização do trabalho dos operários. O outro engenheiro era francês, Henri Fayol(1841-1925)que veio a desenvolver a chamada Escola Clássica da Administração, com a preocupação de aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais de administração. embora esses precursores da administração jamais se tenham comunicado entre si e seus pontos de vista sejam diferentes, até mesmo opostos, o certo é que suas idéias se complementam, razão pela qual suas teorias dominaram as cinco primeiras décadas deste século no panorama da administração das empresas. Taylor - Escola da Administração Científica = Organização do Trabalho de cada operário. Fayol - Escola Clássica da Administração = Organização da Empresa como um todo.
A partir desses dois pioneiros, a pequena história da administração moderna pode ser assim resumida nas seguintes teorias ou escolas que lhes sucederam
a. Teoria da Administração Científica: desenvolvida por engenheiros americanos, seguidores de Taylor. Preocupavam-se principalmente com a organização das tarefas, isto é, com a racionalização do trabalho dos operários.
b. Teoria Clássica da Administração: desenvolvidas por seguidores de Fayol. preocupava-se principalmente com a estrutura organizacional da empresa, com a departamentalização e com o processo administrativo. Recentemente, a Escola Clássica reapareceu com Peter Drucker e a chamada Escola Neoclássica, preocupada com a administração por objetivos.
c. Teoria das Relações Humanas: desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos. Preocupada principalmente com as pessoas, com os grupos sociais e com a organização informal. Mais recentemente, esta escola ressurgiu com novas idéias, com o nome de Teoria do Comportamento Organizacional, preocupada mais com o comportamento global da empresa do que propriamente com o comportamento de pessoas ou de grupos sociais tomados isoladamente.
d. Teoria Estruturalista: desenvolvida a partir de 1950 preocupada em integrar todas as teorias das diferentes escolas acima e numeradas. A Escola Estruturalista teve início com a teoria da burocracia com Max Weber.
e. Teoria de Sistemas: desenvolvida a partir de 1970. Passou a abordar a empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o envolve.
f. Teoria da Contingência: desenvolvida no final da década de 70, sob a influência da Teoria de Sistemas. Para essa teoria, a empresa e a sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, a medida que o meio ambiente muda, também ocorre mudanças na empresa e na sua administração como conseqüência. Isto significa que na administração tudo é relativo e nada é absoluto. Para a teoria da contingência tudo o que ocorre na empresa depende da situação e do ambiente externo
Teoria da Burocracia
Max Weber

Origens
• A fragilidade e a parcialidade das teorias Clássica e das Relações Humanas, que detinham uma visão extremista e incompleta sobre as organizações.
• A necessidade de um modelo racional que envolvesse todas as variáveis da organização.
• O crescimento e a complexibilidade das organizações, passou a exigir modelos mais bem definidos.
A burocracia se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins), para que se obtenha o máximo de eficiência.
Tipos de Sociedade ou Poder ou Autoridades Legítimas
• Tradicional: irracional, conservador, patriarcal e patrimonialista
• Carismática: irracional, conseguido através do carisma
• Burocrática, legal ou racional: racional, conseguido através de normas impessoais
Tipos de Autoridade
• Poder: potencial para exercer influência
• Autoridade: probabilidade de uma ordem ser obedecida. Ter autoridade é ter poder; mas ter poder não significa ter autoridade [principalmente quando não é legitimada (aceita por todos)]
• Dominação: o governante acredita ter o direito do poder, e os governados a obrigação de obedecer-lhe
Fatores que Desenvolveram a Burocracia, segundo Weber
• Economia Monetária: a moeda racionaliza as transações econômicas
• Superioridade Técnica: a Burocracia é superior a qualquer outro tipo de organização
Características da Burocracia
• Caráter legal das normas e regulamentos: é uma organização ligada por normas e regulamentos
• Caráter formal das comunicações: são registradas por escrito
• Divisão racional do Trabalho
• Impessoalidade: relação a nível de cargos, e não de pessoas
• Hierarquia: cada cargo inferior deve estar sob supervisão do cargo automaticamente superior
• Rotina: o funcionário deve fazer o que a burocracia manda; não tem autonomia
• Meritocracia: a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica
• Especialização da Adm.: separação entre propriedade e administração
• Profissionalização
• Previsibilidade: prever as ações; através das normas
Disfunções da Burocracia
• Internalização das regras: as normas passam de "meios para os fins"; os funcionários adquirem uma viseira e esquecem que a previsibilidade é uma das características mais racionais de qualquer atividade
• Excesso de formalismo e papelatório: necessidade de formalizar e documentar todas as comunicações
• Resistência a mudanças
• Despersonalização: os funcionários se conhecem pelos cargos que ocupam
• Categorização como base do processo decisorial: o que possui o cargo mais alto, tomará as decisões independentemente do conhecimento que possui sobre o assunto
• Superconformidade às rotinas
• Exibição de poderes de autoridade
• Dificuldade com clientes: o funcionário está voltado para o interior da organização
• A burocracia não leva em conta a organização informal e nem a variabilidade humana
Administração Científica
Taylor

Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho do operário. Sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima, e das partes para o todo; dando ênfase na tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada como ciência.
Organização Racional do Trabalho
• Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio.
• Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador a diminuição da produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da rotação de pessoal
• Divisão do trabalho e especialização do operário
• Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos existentes.
• Incentivos salariais e prêmios de produção
• Condições de trabalho
• Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos
• Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e não por uma autoridade centralizada.
Homem Econômico
"o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais"
A organização era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas.
O sistema fechado é mecânico, previsível de determinístico.
Fordismo
Aperfeiçoamento e mecanização (esteira móvel) do sistema criado por Taylor.
• 1913- proibição do uso do cronômetro (pelo estado americano)
• 1914- Ford cria a linha de produção
Características do Fordismo:
• Crediário: atrair o consumo (até p/ os próprios operários)
• Introduziu o marketing como nunca antes
• Aumentou os salários a padrões desconhecidos
• Reduziu a jornada de trabalho para 8 horas
• Criou a Produção em Massa, a Verticalização (extração da matéria-prima até a comercialização do produto) e o "just in time" (não existe estoque, você produz o que vende)
• Criou o trabalhador Ford (sob vigilância: hábitos dentro e fora da empresa)
Princípios
• Intensificação: maior velocidade possível = linha de montagem
• Economicidade: menor tempo possível, sem empaco de produção ("just in time")
• Produtividade: máximo de produção no menor tempo
Teoria das Relações Humanas
Elton Mayo

Esta teoria foi feita em oposição à Teoria Clássica, já que esta colocou a tecnologia e o método de trabalho como as principais preocupações da administração.
Origens:
• Necessidade humanizar e democratizar a administração.
• O desenvolvimento das ciências humanas (a importância da psicologia e da sociologia no implante de um conceito administração.
Homem Social
O indivíduo é motivado pela necessidade de "estar junto" e ser "reconhecido socialmente". As recompensas são simbólicas, e não financeiras.
As Necessidades Humanas Básicas
• Necessidades fisiológicas
• Necessidades psicológicas: segurança íntima, de participação, de autoconfiança e de afeição.
• Necessidade de auto-realização
Características das Relações Humanas
• Nível de produção é resultante da integração social: a capacidade física não terá eficiência se este indivíduo sofre de um desajuste social.
• Comportamento social dos indivíduos: o comportamento do indivíduo se apóia totalmente no grupo.
• Recompensas ou sanções sociais: o operário que produzir acima ou abaixo da média do grupo, perderia o respeito perante os seus colegas.
• Grupos informais: definem suas próprias normas dentro do grupo.
• Relações humanas: ações e atitudes desenvolvidos pelo contato entre pessoas e grupos.
• Importância do conteúdo do cargo: trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e cansativos, reduzindo a eficiência. O trabalhador tem autonomia.
• Ênfase nos aspectos emocionais: organização informal.
Pontos de vista de Mayo
• O trabalho é uma atitude grupal
• O operário reage como um membro de um grupo social
• A formação de uma elite capaz de compreender e de comunicar, dotada de chefes democráticos e simpáticos
• Homem social
• A organização desintegra grupos primários (família), mas forma uma outra unidade social
• O conflito é o germe da destruição

Teorias sobre liderança
- Teoria de traços de personalidade
• traços físicos: energia, aparência e peso
• traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança
• traços sociais: cooperação, habilidades administrativas e interpessoais
• traços c/ tarefas: iniciativa, persistência e impulso de realização
- Teoria sobre estilos de liderança
• Autocrática: o trabalho somente se desenvolve com a presença física do líder
• Liberal: pouco respeito em relação ao líder e forte individualismo agressivo
• Democrática: líder e subordinados desenvolvem uma comunicação franca, espontânea e cordial. Há um sentido de responsabilidade mútua.
- Teoria situacionais de liderança
Quanto menor o uso de autoridade pelo administrador, maior a área de liberdade dos subordinados e vice-versa.
Comunicação
• Proporcionar informação e compreensão necessárias para que as pessoas realizem suas tarefas (habilidade de trabalhar)
• Proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos (vontade de trabalhar)
Habilidade de trabalhar + Vontade de trabalhar = Trabalho de equipe
Características da Organização Informal
• Relação de coesão ou de antagonismo: relações pessoais de simpatia ou de antipatia, de diferentes intensidade.
• Status: o prestígio está mais ligado na participação do indivíduo na organização informal (grupo), do que propriamente na organização formal (cargo).
• Colaboração espontânea
• A possibilidade da oposição à organização informal: esta pode se desenvolver contra a organização formal, devido a inabilidade da direção de propiciar um clima favorável.
• Padrões de relações e atitudes
• Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais: devido a mudança de pessoal na organização formal.
ABORDAGEM SISTÊMICA
Katz e Kahn
• OS ENFOQUES ANTERIORES CONSIDERAVAM UM ASPECTO DE CADA VEZ
• DAVAM POUCA ATENÇÃO (OU NENHUMA) AO MUNDO EXTERIOR À ORGANIZAÇÃO
• SÃO ENFOQUES QUE SIMPLIFICAM A ORGANIZAÇÃO E A ADMINISTRAÇÃO (ESTUDO ESPECIALIZADO DAS PARTES)
• A SIMPLIFICAÇÃO É A BASE DA ESPECIALIZAÇÃO
• HÁ OUTRA FORMA DE VER AS ORGANIZAÇÕES:
NADA É SIMPLES (AMARÚ)
TUDO DEPENDE DE TUDO (CLELAND e KING)
TUDO É COMPLEXO
• A COMPLEXIDADE É A BASE DO ENFOQUE SISTÊMICO
COMPLEXIDADE
"INDICA GRANDE NÚMERO DE PROBLEMAS E VARIÁVEIS QUE AS ORGANIZAÇÕES E OS ADMINISTRADORES DEVEM ENFRENTAR"
• A FERRAMENTA PARA ENFRENTAR A COMPLEXIDADE É O ENFOQUE SISTÊMICO
• O PONTO DE PARTIDA DO ENFOQUE SISTÊMICO É A IDÉIA DE SISTEMA
• OS SISTEMAS SÃO FEITOS DE DOIS TIPOS DE COMPONENTES OU PARTES:
FÍSICOS ou Concretos: ítens materiais, como equipamentos, máquinas, peças, instalações, pessoas.
CONCEITUAIS ou abstratos: conceitos, idéias, símbolos, procedimentos, regras, hipóteses, manifestações do comportamento intelectual ou emocional.
• Os sistemas são formados pelos dois tipos de componentes (combinação de ambos)
• Pode ocorrer predominância de um tipo em alguns sistemas
ESTRUTURA DOS SISTEMAS
Qualquer sistema pode ser representado como conjunto de elementos ou componentes interdependentes, que se organizam em três partes:
ENTRADAS PROCESSO SAÍDAS
BASES DO ENFOQUE SISTÊMICO
• NÃO SURGIU DEPOIS DOS OUTROS ENFOQUES ESPECIALIZADOS COMO SEQÜÊNCIA
• A IDÉIA DE SISTEMA VEM DA GRÉCIA ANTIGA
• O MODERNO ENFOQUE SISTÊMICO COMEÇOU NA MESMA ÉPOCA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E DA QUALIDADE TOTAL
• EM 1918 MARY PARKER FOLLET FALAVA DA NECESSIDADE DE OS ADMINISTRADORES CONSIDERAREM A "SITUAÇÃO TOTAL" (MODELO HOLÍSTICO): não apenas os indivíduos, grupos, mas também fatores ambientais como economia, política, biologia
• - HOLÍSTICO: do grego holos- todo, totalidade
• enfoque holístico e enfoque sistêmico são idéias similares
• Outros pensadores retomaram a mesma proposição e desenvolveram diversas linhas de pensamento que convergiram para o moderno enfoque sistêmico. As 3 linhas mais importantes são:
- a teoria da forma
- a cibernética
- a teoria geral dos sistemas
1. TEORIA DA FORMA
• em 1924, psicólogos alemães desenvolveram o conceito de teoria da forma
- as pessoas enxergam os objetos e fenômenos em seu conjunto
- a natureza de cada elemento é definida pela estrutura e pela finalidade do conjunto a que pertence. Ex. a perna da mesa é interpretada como parte da mesa e não como elemento isolado.
- quando olham um objeto qualquer as pessoas o enxergam sistematicamente
2. CIBERNÉTICA - 1940
CAMPO DA CIÊNCIA QUE BUSCA ENCONTRAR OS ELEMENTOS COMUNS NO FUNCIONAMENTO DAS MÁQUINAS E DO SISTEMA NERVOSO HUMANO (NORBERT WIENER - matemático americano)
- A idéia central da cibernética é o autocontrole dos sistemas, visando ao alcance de um objetivo
- O conceito de que todo sistema deve ser autocontrolado por meio de algum fluxo de informação que lhe permita manter sempre o funcionamento desejado.
3. TEORIA GERAL DOS SISTEMAS
O MÉTODO QUE PROCURA ENTENDER COMO OS SISTEMAS FUNCIONAM
• Desenvolvida pelo cientista alemão Ludwig von Bertalanffy - 1930
- observou que a ciência se acostumara a tratar de forma compartimentada muitos problemas que exigiam uma abordagem mais ampla ou holística.
- formulou 2 idéias básicas de sua teoria:
a) INTERDEPENDÊNCIA DAS PARTES
- os todos são formados de partes interdependentes
b) TRATAMENTO COMPLEXO DA REALIDADE COMPLEXA
- "a tecnolofia e a sociedade hoje em dia tornaram-se tão complexas que as soluções tradicionais não são suficientes. É necessário utilizar abordagens de natureza holística ou sistêmica, generalistas ou interdisciplinares." (tecnologia dos sistemas: técnicas desenvolvidas para lidar com a complexidade)
• introdução dos sistemas: novo paradigma científico
• contrasta com o paradigma antigo (ciência clássica): analítico, mecanístico e linear de causa e efeito
• tem como objetivo classificar os sistemas segundo a maneira como seus componentes se organizam e identificar as "leis"ou padrões característicos de comportamento de cada categoria de sistemas. (Johnson et al)
1. PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO:
• substituir o critério individual, a improvisação e a atuação empírico-prática pelos procedimentos científicos
• substituir a improvisação pela ciência através do planejamento do método
2. PRINCÍPIO DE PREPARO:
• preparar o homem para o trabalho (seleção e treinamento)
• preparar máquinas e equipamentos de produção
• preparar a disposição racional das ferramentas e materiais (layout)
3. PRINCÍPIO DO CONTROLE:
• controlar o trabalho para execução conforme as normas e planejamento
4. PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO:
• distribuir as atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja mais disciplinada.
ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS
DEFINIÇÃO DE ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA
Uma Organização É Um Sistema Composto De Elementos Ou Componentes Interdependentes, Que Podem Ter Cada Um Seus Próprios Objetivos
A ORGANIZAÇÃO POSSUI PELOS MENOS DOIS SISTEMAS (OU SUBSISTEMAS)
SISTEMA SOCIAL SISTEMA TÉCNICO
SISTEMA TÉCNICO: formado por recursos, componentes físicos e abstratos que, até certo ponto independem das pessoas: objetivos, divisão do trabalho, tecnologia, instalações, duração das tarefas, procedimentos.
SISTEMA SOCIAL: é formado por todas as manifestações do comportamento dos indivíduos e dos grupos: relações sociais, grupos informais, cultura, clima, atitudes e motivação.
• a Administração científica focaliza apenas a eficiência do sistema técnico e deixa as pessoas em segundo plano;
• a escola de Relações humanas: focaliza somente o sistema social e deixa a tarefa em segundo plano
• a visão sistêmica propõe uma visão integrada: as organizações são sistemas sociotécnicos
• ALGUNS AUTORES DISTINGUEM 03 SISTEMAS SOCIAIS
SISTEMA SOCIAL
- cultura
- grupos informais
- sentimentos
SISTEMA ESTRUTURAL SISTEMA TECNOLÓGICO
- grupos formais - tecnologia
- estrutura - conhecimentos
- normas e procedimentos - experiência
IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE
• a análise ambiental é uma das técnicas do enfoque sistêmico
- finalidade: identificar os segmentos ou componentes do ambiente a fim de permitir seu estudo sistemático
• Enfoque Sistêmico: ênfase no AMBIENTE
ESTRUTURA DO AMBIENTE
1. AMBIENTE IMEDIATO
• CONCORRENTES
• FORNECEDORES
• CLIENTES/MERCADO
• DISTRIBUIDORES
• SINDICATOS DE EMPREGADOS
2. MACROAMBIENTE
• TECNOLOGIA
• ECOLOGIA
• LEGISLAÇÃO/INSTITUIÇÕES
• ECONOMIA
• DEMOGRAFIA
• SOCIEDADE COMO UM TODO
ESTABILIDADE DO AMBIENTE
AMBIENTE ESTÁVEL
- mudanças lentas/ imperceptíveis
- economia estável
- legislação não se altera
- clientes com comportamento regular/previsível
- concorrencia inexiste ou é a mesma

AMBIENTE INSTÁVEL
- quanto mais instável, mais turbulento
- mudança econômica
- concorrência agressiva
- sociedade em transformação
APLICAÇÕES DO ENFOQUE SISTÊMICO
1. evidenciou a importância do pensamento holístico, que procura entender e manejar a complexidade de qualquer situação ou problema enfrentado pelas organizações.
2. estabeleceu a importância de considerar o ambiente como determinante da eficácia da organização
3. consolidou o contingency approach, a abordagem situacional (contingencial) para o processo administrativo, segundo a qual as práticas administrativas e a estrutura organizacional devem estar em sintonia com o ambiente para serem eficazes.
4. facilitou o tratamento da questão estratégica na administração e de outros enfoques para os quais a visão global é importante.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mais informações sobre alguns elementos, políticas e acções que fazem da Comissão uma administração moderna:

Eficiência

Estabelecer as prioridades e atribuir os recursos

Para poder dar resposta às necessidades presentes e futuras, devemos definir prioridades claras e garantir a disponibilidade dos recursos.Como procedemos na prática?
Estabelecemos um ciclo de planificação e de programação estratégicas e de relatórios periódicos. Este ciclo arranca com um debate de orientação do colégio dos Comissários, seguido de uma decisão sobre a Estratégia Política Anual na qual a Comissão estabelece as prioridades políticas para o ano seguinte, bem como as principais iniciativas e as orientações para a atribuição dos recursos e a programação operacional por parte dos serviços.
Os conceitos de base são simples:fixar as prioridades e discuti-las com o Parlamento e o Conselho, planificar as actividades a nível das direcções-gerais e apresentar um programa de trabalho, executá‑lo e apresentar um relatório sobre os resultados.
Em conformidade com esta abordagem, as actividades não essenciais vão sendo progressivamente externalizadas e confiadas a agências executivas e a serviços administrativos de modo que a Comissão se possa consagrar às tarefas fundamentais.


Profissionalizar os recursos humanos
O pessoal é o nosso melhor capital.Por essa razão, a Comissão necessita de uma gestão de recursos humanos eficiente.
O novo Estatuto, que é o principal texto legislativo sobre os direitos e as obrigações do pessoal, entrou em vigor a 1 de Maio de 2004. Vem completar o amplo programa de modernização da política de recursos humanos da Comissão.Eis algumas das principais alterações introduzidas:
  • uma nova estrutura das carreira, que reconhece e recompensa as capacidades e o desempenho;
  • um novo sistema de avaliação que estabelece uma ligação mais estreita entre as avaliações anuais objectivas e a progressão na carreira;
  • uma cultura de aprendizagem ao longo da vida;
  • novas regras de mobilidade que incentivam o pessoal a mudar de lugar depois de um período de dois a cinco anos.Os pessoal de chefia e direcção, bem como os funcionários que desempenham funções “sensíveis” (como por exemplo a celebração de contratos, a concessão de  subvenções, etc.), devem mudar de lugar de cinco em cinco anos. 
  • novas regras e procedimentos para a Selecção, nomeação e avaliação do pessoal de direcção (directores-gerais e directores);
  • novas regras para outras categorias de pessoal da Comissão (agentes contratuais e temporários, peritos nacionais destacados).
 Descentralizar a gestão financeira
Simplificar, descentralizar e responsabilizar os serviços foram os principais objectivos da Comissão quando decidiu modernizar o seu sistema de gestão financeira.
Importava sobretudo descentralizar, uma vez que, no antigo sistema, cada transacção devia ser aprovada por uma autoridade de controlo central que estava muitas vezes distante dos serviços de gestão da actividade em causa.
Quer dizer isto que não há qualquer controlo sobre a forma como é gasto o dinheiro dos contribuintes?
  • Pelo contrário, as pessoas que autorizam as despesas e os pagamentos são agora pessoalmente responsáveis pelas suas acções ;
  • um serviço financeiro central presta aconselhamento  especializado e apoio às pessoas responsáveis pela gestão orçamental e financeira;
  • um serviço de auditoria interna distinto garante o correcto funcionamento do controlo a nível da Comissão;
  • a 1 de Janeiro de 2005, passámos para uma contabilidade patrimonial, cumprindo assim as Normas Contabilísticas Internacionais para o sector público desenvolvidas pela Federação Internacional dos Contabilistas (International Federation of Accountants - IFAC).

Simplificar os instrumentos e os procedimentos


Para a simplificação dos procedimentos internos seguiu-se sobretudo uma abordagem da base para o topo. Neste exercício participaram funcionários de diferentes serviços.  Vários procedimentos internos (procedimento de delegação, consulta interserviços, aspectos linguísticos dos procedimento de decisão) foram alvo de uma revisão exaustiva do Manual de Procedimentos Operacionais da Comissão em 2003.
Paralelamente, foram lançadas iniciativas destinadas a pôr em prática soluções informáticas de ponta nos domínios dos recursos humanos e do controlo financeiro.
Graças às tecnologias digitais, podemos trocar informações de modo mais eficaz, o que muda totalmente a nossa forma de comunicar entre os serviços, bem como com as outras instituições, com os cidadãos e com os representantes da sociedade civil.
 Fundamentado nas quatro funções básicas da administração - planejamento, organização, influência e controle -, o livro apresenta a teoria da administração e as várias abordagens e ferramentas necessárias ao aprendizado da administração. Apresenta o papel e a importância da administração para os indivíduos e para a sociedade, assim como as habilidades necessárias aos administradores, e testa continuamente o aprendizado do leitor por meio de exercícios e estudos de casos de empresas reais.

Cada um nós tem uma ideia própria do que significa uma "administração moderna".Para todos os efeitos, na Comissão pensamos que é uma administração baseada nos princípios da eficiência, da transparência e da responsabilidade.
Nos últimos seis anos, a Comissão e o seu pessoal empenharam‑se em reestruturar o sistema e os procedimentos administrativos, a gestão dos recursos humanos e financeiros, bem como a planificação e a programação das suas actividades.Trata-se da reforma mais profunda desde a instituição da Comissão Europeia em 1958.
Na selva do mercado altamente competitivo, em que sobreviver já é um objetivo e tanto, destacar-se é um desafio diário que requer dedicação e uma sólida formação gerencial. Com a capacidade que só os grandes livros-texto têm de estimular o autodesenvolvimento dos estudantes, Administração moderna ajuda a formar administradores de empresas preparados para enfrentar novos desafios a cada dia.